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Gestão de conflitos no trabalho e inteligência emocional

Publicado por: Leticia Benvenuti Castelo - 12/03/2018

Na primeira parte desse post, te demos 4 dicas valiosas para como gerir os conflitos no ambiente de trabalho. Mas, além disso, é importante refletir como os conflitos – internos e externos – podem nos ajudar a nos tornar profissionais ainda melhores.

Uma das lições mais valiosas como gestor de uma empresa, é aprender a não temer os conflitos. Embora assustadores a primeira vista – já que no final acaba caindo no colo dos gestores para serem resolvidos -, os conflitos são o que levam os funcionários – e até mesmo a empresa – para frente.

É através dele que podemos superar barreiras, amadurecermos e também conhecermos os nossos limites e dos nossos colegas de trabalho. Para isso, ambas as partes precisam ter em mente de que é necessário fugir dos julgamentos.

Ok, mas como fugir deles?

A tarefa não é fácil, mas muito enriquecedora, tanto para os funcionários que estão em conflito quanto para o gestor – que na maioria dos casos será o mediador da situação. A dica aqui é fazer os colaboradores se colocarem uns no lugar dos outros, ou seja, a tão conhecida empatia.

Infelizmente, é mais fácil falar do que fazer. Isso porque a empatia também deve estar enraizada nos valores da empresa e até mesmo dos gestores. Começar dando o exemplo é o primeiro passo para gerir os conflitos dentro do ambiente de trabalho.

Fazer os funcionários tentarem entender o motivo do conflito – se por briga de ego, falsas promessas, números não alcançados, etc -, e também sair de suas exigências e tentar entender o que o outro está defendendo é uma boa “tarefa de casa” para passar.

Para além do comportamento

Qual foi a intenção do colaborador quando aquele conflito surgiu? Identificar a intenção é um modo de nos acalmarmos e entendermos melhor nossas exigências. Será que aquela promoção que o funcionário tanto queria e você não pôde dar não poderia ser “trocada” por um outro benefício, que ajude ambas as partes a saírem contentes da firma?

Como trabalhar menos tempo, ter um dia de folga durante a semana, receber ajuda de um assistente? Se é qualidade de vida que o funcionário quer, é importante perceber qual é a visão dele sobre determinados valores. Desse modo, todos saem ganhando – tanto em produtividade quanto em manter um bom ambiente de trabalho.

O exercício da Inteligência Emocional?

Você já ouviu falar da Inteligência Emocional? Esse conceito foi difundido pelo psicólogo, escritor e Phd de Harvard, Daniel Goleman,  e é uma ótima prática para implementar dentro da empresa.

Ela consiste em reconhecer, avaliar e administrar seus sentimentos e os dos outros, saber elencar o que é importante na sua vida e como isso afeta seus relacionamentos. A partir disso, fica mais fácil controlar as emoções e usá-las para algo positivo para você, para a empresa e para o meio onde você habita. Dessa forma, não fica difícil de alcançar o sucesso – tanto na vida pessoal quanto profissional.

Veja abaixo os cinco pontos cruciais da Inteligência Emocional:

1 – Autoconhecimento: Reconhecer seus sentimentos e como eles têm impacto na sua vida e até mesmo no seu corpo;

2 – Autocontrole: Controlar suas reações a partir das emoções. Não agir de maneira impulsiva. Pensar e “respirar” antes de agir.

3 – Automotivação: Usar as suas emoções, sejam elas positivas ou negativas, de maneira adequada a você, aos outros e à situação. Toda emoção é um “motor” que te impulsiona para uma ação. A automotivação é ter uma ação positiva.

4 – Empatia: Se colocar no lugar do outro, como o outro, ou seja, olhar a situação a partir do ponto de vista do outro;

5 – Sociabilidade: Colocar tudo isso em prática nas suas relações. Desenvolver relações transparentes e autênticas.

Entretanto, como todo aprendizado, esse exercício requer muita prática e paciência, afinal essa é uma competência que nós desenvolvemos com o tempo e com experiências. A chave aqui não é não ser impulsivo, ou não ter conflitos, mas sim saber apontar suas emoções para a direção correta, utilizando-as a seu favor.

Uma dica preciosa

Quando se deparar com um conflito, utilize perguntas para tentar fazer a gestão dele. Questione colaboradores para saber o que eles buscam defender agindo/falando de tal maneira, ou o que pretendem obter com isso. Descubra o que é essencial para eles, qual é a coisa da qual eles não podem abrir mão de jeito nenhum.

Aprender a escutar é crucial para a resolução de conflitos dentro do ambiente de trabalho e também muito importante para conhecer o caráter de cada funcionário da empresa.