Publicado por: Leticia Benvenuti Castelo - 29/11/2016
O grau de exigência do mercado vem aumentando de forma rápida e intensa, tanto para as empresas como também para os profissionais. O avanço tecnológico e as características da Era da Informação tornam o mercado de trabalho cada vez mais dinâmico e competitivo. Se há alguns anos atrás ter uma pós-graduação era um diferencial, hoje o cenário mudou.
As empresas precisam se reinventar, se transformar constantemente e atuar estrategicamente para conseguirem manter-se competitiva. Para isso, uma das principais forças necessárias é a força humana capacitada. O capital humano de qualidade é um dos diferenciais competitivos mais valiosos, importantes e raros que uma empresa busca.
Mas o que as empresas de fato estão buscando em seus profissionais? Que competências são necessárias para atender às demandas organizacionais?
É claro que essa resposta não pode ser única e fechada, uma vez que, as competências humanas variam conforme as competências organizacionais, e estas, por sua vez, são determinadas pela estratégia da empresa. Entretanto, algumas competências são requeridas independente do cargo, empresa ou ramo de atuação, pois são adequadas à realidade do mercado em geral. Posso citar algumas delas:
Inteligência Emocional: conseguir identificar, controlar e usar suas emoções de maneira favorável é essencial para qualquer profissional. Não existe mais espaço para atitudes impulsivas e descontroladas. Nossas emoções, sejam elas positivas ou negativas, são forças que nos movem. Com a inteligência emocional utilizamos essa energia mobilizadora para alcançar os resultados desejados.
Criatividade e Flexibilidade: são competências distintas, mas ambas podem e devem atuar juntas. O dinamismo do mercado de trabalho exige dos profissionais a capacidade de se reinventar, de inovar e de se adaptar às mudanças, com rapidez e agilidade. Para isso, é necessário desenvolver constantemente nossa criatividade e flexibilidade.
Comunicação e Relacionamento Interpessoal: mesmo que você não trabalhe em equipe, em algum momento do seu trabalho você precisará entrar em contato com pessoas. Seja com um cliente, fornecedor, colega de trabalho, chefia, investidor ou equipe. Precisamos saber nos relacionar bem e expressar nossas ideias, com clareza, objetividade e assertividade.
Como se pode observar, as competências essenciais são comportamentais e não técnicas. Claro que o profissional precisa ser tecnicamente capacitado para sua função, mas é mais fácil treinar competências técnicas do que desenvolver competências comportamentais/relacionais. Por esse motivo que as competências comportamentais se apresentam como um diferencial competitivo para os profissionais.
Ainda assim, no meu entendimento, as competências aqui apresentadas são, na verdade, essenciais para os profissionais. Podemos considerá-las como diferenciais, já que sabemos que nem todos profissionais a possuem. Considero conveniente destacar uma competência, cada vez mais necessária no mundo corporativo, mas que ainda não é clara para todos: a EMPATIA.
A empatia é a capacidade de conseguirmos nos colocar no lugar do outro e compreendê-lo verdadeiramente. Colocar-se no lugar do outro, como o outro é, e não como você pensa e age, essa é a grande dificuldade para se ter empatia.
Facilmente conseguimos olhar uma situação de fora e nos colocarmos no lugar da pessoa que está vivenciando aquela situação: “Se fosse eu, eu faria tal coisa, sentiria tal emoção etc”. Isso não é empatia. Empatia pressupõe tentar enxergar a situação a partir do campo de visão, da percepção do outro.
Com empatia, conseguimos compreender o outro na essência, identificar suas reais necessidades, ajuda-lo quando necessário e estabelecer um relacionamento mais transparente e fortalecedor. Essa relação transparente é importante com qualquer stakeholder, pois facilita a tomada de decisões estratégica e efetiva.