A pandemia causada pelo coronavírus nos afetou integralmente. Vida pessoal, trabalho e relacionamentos tiveram que se adaptar para uma nova realidade sem precedentes nessa geração. Desde o início da pandemia estamos vivendo, dia após dia, sob os efeitos de uma mudança intensa e repentina.
Pensando no impacto causado pela doença, a Pulses, plataforma online de people analytics, mapeou como estava sendo a realidade de empresas e profissionais no início da quarentena no Brasil. A pesquisa resultou no "Termômetro de Crise COVID-19". Quase dezoito mil profissionais participaram desse recorte nacional que reuniu informações relevantes sobre os impactos da doença no dia a dia de profissionais de startups, pequenas, médias e grandes empresas.
As emoções, reações comportamentais, produtividade e condições de trabalho no home-office estavam no foco da pesquisa, que foi aplicada em quatro dimensões: adaptação, conscientização, resposta à crise, sentimento e percepção. Em adaptação foram avaliadas as percepções dos colaboradores sobre o regime home-office e seus desdobramentos; 22% apontaram não ter local adequado e todos os instrumentos para trabalhar em casa; 78% disseram que se sentiam produtivos nesse novo formato de trabalho. As empresas de médio porte (101 a 500 colaboradores) foram as que alcançaram melhores resultados na adaptabilidade.
Conscientização sobre a doença foi o item de maior favorabilidade na pesquisa, tendo seu resultado maior que 95% em todos os fatores; mulheres mostraram-se mais conscientes em relação à pandemia do que os homens. Resposta à crise: os colaboradores falaram como percebem a atuação da empresa, da liderança, da equipe e até suas próprias atuações em relação a essa cenário; 95% disseram sentir que que a empresa tem adotado as melhores decisões para enfrentar a pandemia e 25% apontaram dificuldades em entregar resultados como anteriormente. Comparados com empresas de pequeno e médio porte, os colaboradores de grandes empresas disseram sentir a sua atuação profissional mais afetada com a pandemia. Em 'sentimento e percepção' foram avaliados níveis de ansiedade, estresse, preocupação com familiares, amigos e sobre os impactos do coronavírus no futuro próximo; 55% dos respondentes apontaram sentir ansiedade média ou muito alta. Em relação a segmentos de negócios, hotelaria/restaurante, arte/entretenimento e recreação foram aqueles cujos profissionais mais se mostraram preocupados com o impacto econômico da doença e a retomada das atividades.
Para além das situações retratadas nas porcentagens, a pesquisa nos direciona para outros aspectos que fazem parte do contexto desse trabalho. O quanto será que estamos preparados para lidar com situações de risco e nos adaptarmos? Como lidamos com situações tão singulares e desafiadoras quanto a que nos foi imposta com o coronavírus? O quanto as instituições têm falado sobre gestão de crise e acrescentado essa possibilidade como parte de um bom planejamento? O que muda no papel do RH daqui em diante? O que podemos esperar pela frente?
É constante a sensação de mudança no chamado mundo VUCA: volátil, incerto, complexo e ambíguo. De fato, apesar das boas e planejadas intenções, temos pouco controle sobre as situações ao nosso redor, há que se considerar, porém, que tal dado não pode ser motivo para que organizações e profissionais fiquem reféns ou em estado de inércia. Quando ressignificamos as situações mais desafiadoras vividas até aqui, compreendemos que a incerteza também tem o seu valor. Se por um lado, o alto nível de incerteza produz maior nível de estresse e ansiedade, por outro, são essas emoções que nos levam ao movimento de olhar novas possibilidades e agir. E sobre agir, falamos em agir rápido e mesmo com o mínimo de certeza possível; o importante é não parar. É sobre não esperar ter todas as repostas para irmos para a ação, afinal, quanto mais tempo na inércia, mais fácil será avistar o caos.
A pesquisa 'Termômetro de Crise' apresentou um recorte do novo cenário profissional estabelecido no país desde o mês de março e colabora na compreensão dessa nova realidade, assim como traz informações relevantes para a tomada de decisão de organizações, líderes e profissionais no cenário atual e pós-pandemia. A intenção é propor ainda, reflexões, insights para os planos de ação e gerar informações que ajudem diferentes públicos a lidar com a nova e desafiadora realidade. A pesquisa também propõe recomendações específicas para organizações e líderes, nesse momento, tais como: maior transparência nas relações, uso das ferramentas virtuais para estabelecer uma nova rotina e reforçar os relacionamentos, aumento da frequência de escuta entre as equipes e até suporte psicológico para os profissionais sempre que necessário, mas as recomendações não param por aí. Para acessar a pesquisa completa clique no link: https://bit.ly/2Bi7avQ